Cinco anos após disparar o funk autoral Que tiro foi esse? (2017), petardo certeiro que atingiu as paradas e fez decolar a carreira então iniciante da carioca Jordana Gleise de Jesus Menezes, a cantora e compositora Jojo Maronttinni – nome pelo qual Jordana é conhecida artisticamente – faz percurso similar ao da antecessora Ludmilla e tenta fincar o nome no território do pagode.
É no samba que a artista ambienta o primeiro álbum da discografia, Jojo como você nunca viu, gravado com produção musical de Wilson Prateado e programado para aterrissar nos players digitais na próxima sexta-feira, 19 de agosto, em edição da gravadora Universal Music. Antecedido em junho pelo single que apresentou a gravação do samba De onde eu venho (Pablo Thiago da Silva de Souza, Thiago Soares e Wagner Zaparolli, 2015), sucesso do grupo de pagode Balacobaco, o álbum Jojo como você nunca viu alinha várias regravações em dez faixas.
A maior novidade do repertório é Bangu (André Renato, DJ Batata e Prateado), música batizada com o nome do bairro carioca onde a cantora nasceu e se criou. Ao longo das dez faixas do álbum Jojo como você nunca viu, a cantora faz inserção no universo da MPB com o mergulho pagodeiro em Lindo lago do amor (Gonzaguinha, 1984), lembra sucesso de Benito Di Paula nos áureos anos 1970 (Como dizia o mestre, hit de 1975) e recria funk melody do repertório de MC Marcinho revivido no ano passado por Luana Carvalho no álbum Segue o baile (2021), Garota nota 100 (Michael Sullivan e Paulo Massadas, 1998).
No disco, Jojo Maronttinni também dá voz a sambas como Sempre cabe mais um (Pretinho da Serrinha e Vinicius Feyjão), Querendo causar (Wilson Prateado e Braga), Meu nego (Wilson Prateado e Luiz Cláudio Picolé), Maria do Socorro (Edu Krieger, 2006) – composição amplificada na voz de Maria Rita no álbum Samba meu (2007) – e Sambando na roda (André Renato e Prateado).
Nascida em 11 de fevereiro de 1997, Jojo Maronttini procura se reinventar no baile, aos 25 anos, incursionando pela seara no pagode no álbum Jojo como você nunca viu.
Por Mauro Ferreira Jornalista carioca que escreve sobre música desde 1987, com passagens em ‘O Globo’ e ‘Bizz’. Faz um guia para todas as tribos.
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